A educação é a única ferramenta capaz de resolver inúmeros problemas em nossa sociedade, desde os mais básicos até os mais complexos. Por muito tempo a educação foi vista e utilizada como uma arma, porém, a mesma não extermina, ela transforma, seja na música, na poesia ou em uma conversa do dia a dia, existem várias formas de se praticar a educação dentro e principalmente fora das salas de aulas.
O processo educacional é algo lento, contínuo e não existe uma única ferramenta ou pílula capaz de educar uma sociedade do dia para a noite, é necessário a busca constante do entendimento do contexto, sempre com um olho no passado, outro no futuro e os pés no presente. A educação não se importa com a idade, gênero, cor ou crença, ela anda lado a lado com o querer, a permissividade, o respeito e em alguns casos, o incômodo.
Todos os modelos educacionais evidenciam-se em fatos para a construção do pensamento crítico, que por sua vez nos guiam em direção às conclusões e ações, o fato é o agrupamento de dados associados a um determinado contexto, o que gera a informação, já o contexto é o meio que identifica o sujeito. O processo de desinformação é a desassociação dos fatos de seus respectivos contextos, gerando um vácuo na definição do sujeito, dando lugar ao comportamento reacionário. Isso explica a situação atual da nossa sociedade, onde o sujeito é doutrinado a necessitar de pouco tempo, poucos fatos e informações curtas para reagir rapidamente às questões críticas do cotidiano, trazendo como protagonista um dos mais primitivos instintos humanos, a reação imediata a um possível perigo iminente.
Não é de hoje que vemos inúmeras tentativas de exterminar os modelos educacionais que deram origem a tudo o que foi necessário para o desenvolvimento da sociedade em uma tentativa incansável de transformá-la em uma arma de destruição em massa. De fato, é impossível destruir a educação, pois é uma necessidade e um direito humano, porém, assim como qualquer ferramenta, ela também pode ser utilizada para desconstruir, desconectar e inibir uma das necessidades mais primitiva e essencial para a existência do ser humano, a comunicação.
Por: Yrineu Rodrigues